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Dezembro 2020


82-Ano XXVII-AVB-DEZEMBRO de 2020
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Ano XXVII - Nº 82



Neste Boletim:


  • Olhos Abertos

  • “Recados do Pai”

  • Excertos d’O Grande Evangelho de João

  • Dádivas do Céu

  • Um Pouco de História

  • De que Serve?

  • Lugar à Poesia



OLHOS ABERTOS

Uma das características do cristianismo no tempo do fim é a mornidão espiritual - o ater-se à letra da Escritura, analisando linguisticamente os textos, dissecando cada palavra nos idiomas em que originalmente foram escritas, mas não procurar o sentido oculto desses mesmos textos.

Já não se crê no sentido espiritual da Palavra, pois a chamada “letra” que, segundo Paulo, mata, é valorizada em demasia, em detrimento da revelação que, segundo a linguagem usada por Jesus, está encapsulada dentro dos textos.

Também segundo Jesus em Sua revelação, isso é propositado, para que o homem comum, alheio às coisas espirituais, não possa banalizar o sagrado da Palavra de Deus registada na Bíblia Sagrada.

Já no tempo do antigo pacto o povo judeu se havia embrutecido espiritualmente, desabituando-se de atender e entender os profetas, fossem eles os antigos, fossem aqueles que ministravam na sua geração. Pelo contrário, estes eram normalmente ostracizados como criaturas extravagantes na sua linguagem e atitudes e, em alguns casos, eram mesmos martirizados.

Por ordem do Senhor, o profeta Isaías lançou um alerta - para o seu tempo e também para o nosso: “Porque o Senhor derramou sobre vós, um espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, os profetas; e vendou as vossas cabeças, os videntes. Pelo que toda a visão vos é como as palavras de um livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Ora lê isto; e ele dirá; não sei ler. Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que aprendeu de cor. [1]

Antes de passarmos a considerar o que destacamos da mensagem escolhida para este último boletim do ano, citamos um pequeno excerto de uma mensagem recente, em que notamos a tristeza do nosso Pai pelo tratamento que recebe de muitos dos Seus filhos à face da Terra: O mundo hoje está moribundo porque relegou o espírito para locais obscuros, de uma ignorância profunda, que levou os Meus filhos a desconhecerem totalmente a Minha existência plena e viva. Hoje, Eu sou entre vós um Deus morto, um Deus de fantasia. E vós sois o Meu reino perdido que tenho de salvar.

Realmente, para muitos nos dias de hoje, Deus não é mais Aquele que se busca até se encontrar, mas um adorno em imagem venerada, esquecendo-se a Palavra de Jesus que O identifica como realmente Ele é e mostra o caminho para O encontrarmos: Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.[2]

Os dias actuais são dias em que é necessário ouvir e discernir a voz de Deus, a voz do Seu Espírito Santo que nos revela o que precisamos de saber agora, para enfrentarmos o sofrimento, os conflitos, as catástrofes e demais situações que se passam no plano físico, mas que têm por detrás uma luta espiritual que as promove.

Um dia o Senhor usou estas palavras para identificar este tipo de luta: Eu vos preservo; mas vós sabeis que tudo é aparente, tudo existe para além da matéria, em espírito. E em espírito, as lutas são mais ferozes.

O conselho dado pelo nosso Pai no ditado deste número é: Lavai os vossos olhos para ver melhor, e limpai bem os vossos ouvidos para poderem ouvir as Minhas palavras; o que tenho para vos dizer.De que olhos fala o Senhor? Naturalmente, os olhos que muitos de nós não estão habituados a usar e alguns até duvidam que existam. São os olhos do espírito, que são usados pela alma, habituada a ouvir a voz do Espírito Santo, que por sua vez instiga o nosso espírito e este, levando a mensagem ao cérebro, faz com que a alma, como condutora do corpo físico, o leve a praticar o que foi ordenado por Deus. Esta experiência só a tem quem procura viver segundo o Espírito e não segundo a carne.

Quando Jesus, através do apóstolo João, escreve a última carta da sua revelação dirigindo-a à igreja de Laodicéia, Ele dá certos conselhos a que devemos atentar: Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. [3]

Se procurarmos seguir este conselho do Senhor como o alvo para o ano que se aproxima, e que ainda será de alguma luta física e espiritual, então estaremos bastante ocupados espiritualmente. Mas não desfaleçamos, pois também veremos muitas vitórias do nosso Deus, como Ele nos prometeu.

Assim, primeiramente, busquemos o poder do Senhor através de uma vida dedicada à oração, à meditação, à leitura da Sua palavra com intenção de a praticar, à caridade, procurando minorar à nossa volta tanta necessidade exposta e escondida; assim fazendo, podemos ter a certeza de que o Senhor vai honrar o nosso esforço; isto representa “comprar ouro provado no fogo”.

Depois, devemos vigiar as nossas vidas, para que possamos trilhar um caminho de rectidão perante o mundo e não haja em nós nenhum motivo de acusação, antes pelo contrário, sejamos exemplo de boas obras, pois desta forma honramos o Senhor e podemos atrair outros para o Seu caminho; desta forma “compramos vestidos brancos para nos vestirmos”.

Finalmente, procuremos aprofundar o nosso conhecimento, fazendo propósito de analisar todas as revelações que nos têm sido transmitidas, relembrar mensagens que nos alertam e estimulam no caminho de Deus, de forma a assimilar conhecimento que nenhuma escola do mundo nos poderá transmitir. Analisando tudo à Luz da Escritura, podemos dizer que “ungimos os nossos olhos com colírio”, para enxergarmos tudo espiritualmente.

Continuamos a manter o que sempre afirmamos na nossa comunidade: Deus não nos deixou sem testemunho. Primeiramente entregou-nos a Escritura Sagrada como registo da Sua palavra, mas também nos deixou o Seu Santo Espírito actuante, para estar continuamente connosco, orientando as nossas vidas no dia-a-dia, como afirmou o Senhor Jesus: Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há-de vir. Ele me glorificará, porque há-de receber do que é meu, e vo-lo há-de anunciar. [4]

Durante o ano que se aproxima, procuremos ser ainda mais fiéis nos nossos compromissos para com o Senhor e para com o nosso semelhante.

Sejamos também visitantes assíduos do nosso sítio na Internet (www.refugiobetania.org) e procuremos divulgá-lo, pois ali transmitimos muita informação salutar para enriquecimento espiritual.

Aproveitando esta época de Natal, em que partilhamos mimos uns para com os outros, queremos deixar expresso neste boletim o nosso agradecimento à irmã Carla pelo carinho, dedicação, zelo e arte em manter este nosso espaço na Internet sempre renovado.

Desejamos a todos os leitores e irmãos um Feliz Natal.


Fraternalmente em Cristo,


Irmão Egídio Silva



[1] Isaías 29:10-13 [2] João 4:24

[3] Apocalipse 3:18 [4] João 16:13-14

 


RECADOS DO PAI


Lavai os vossos olhos para ver melhor, e limpai bem os ouvidos para poderem ouvir as Minhas palavras - o que tenho para vos dizer.

Calçai sapatos cómodos para caminhardes ligeiros. Não arrasteis os pés, pois o tempo em que estais não é tempo para andar com preguiça, mas com toda a energia, baseados na vossa fé em Mim; para não acontecer que só clameis pelo Meu Nome quando virdes a aflição chegar.

Um atleta durante a corrida percorre o seu trilho sem olhar para os concorrentes do lado e sem atropelar ninguém. Não se distrai com os demais para não perder tempo e pôr em risco o prémio que deseja alcançar.

Da mesma forma, Meus filhos, estai atentos e não vos distraiais com futilidades; mas prestai atenção aos sinais que vos mostro vezes sem conta. Para alguns já são tantos, que não mais reparam neles.

Lavai bem os vossos olhos e aprendei a ver aquilo que vos mostro.

Limpai bem os ouvidos, pois se estiverem entupidos não Me podereis escutar. Eu quero falar com todos sem excepção. Mas tendes de vos esforçar mais e estar dispostos, pois não vos posso obrigar a fazer aquilo que não desejais.

Estou avisando os Meus filhos espalhados por todos os cantos do mundo. A Terra está em profunda mudança. Tempo virá em que não podereis contactar uns com os outros com a mesma facilidade. Nessa altura, só com os olhos e ouvidos espirituais que Eu vos dou podereis saber o que se passa do outro lado do oceano; de outra forma, ser-vos-á impossível fazê-lo.

Não tenhais medo, mas estai preparados, com os pés bem calçados. Caminhai no amor e na caridade para viverdes debaixo do Meu halo que vos irá envolver se Me buscardes em Espírito e em Verdade.

Digo-vos isto mais uma vez, pois não quero que nenhum mal sobrevenha sobre as vossas cabeças.

Eu sou a rocha e o pilar das vossas vidas! Só no Meu Espírito encontrareis refúgio e livramento para o que perto está. Não adormeceis embalados na ilusão de que tudo será como dantes, pois isso não irá acontecer.

Aprendei a beleza do silêncio onde Me ouvireis melhor. Chegai-vos a Mim, Meus filhos, que Eu perto estou. Senti o meu Amor por vós.


Amém.

 

EXCERTOS D’O GRANDE EVANGELHO DE JOÃO

AS CONDIÇÕES ESPIRITUAIS DA ACTUALIDADE

«No decorrer das mensagens de tudo o que ensinei e demonstrei no vasto país dos judeus, a maior parte caiu em esquecimento, passados quinhentos anos, ou então foi mesclada novamente às antigas incoerências, de sorte que ninguém mais descobria a pura verdade.

Foram feitas anotações quase iguais, na maioria por gregos e romanos, nas dez cidades do extenso vale do Jordão (entre as quais se incluem cerca de sessenta cidades habitadas por gregos e romanos, já antes da Minha vinda e até mesmo após a destruição de Jerusalém e adjacências). Algumas em Esséia (onde há mil e duzentos anos não mais se encontrou vestígios, por ter sido essa seita perseguida pelos romanos cristãos) e na maior parte guardadas na grande biblioteca de Alexandria.

Considerai as guerras devastadoras e as grandes migrações de que foram vítimas metade da Ásia, o norte da África e quase toda a Europa, porque os homens, principalmente os chefes das comunidades, começaram a deturpar e mesclar a Minha doutrina pura que lhes trazia pouco lucro, conforme foi predito pelo profeta Daniel e o Meu apóstolo João, na Ilha de Patmos.

Então resolvi: Preferindo o antigo e trevoso detrito do mundo ao Meu ouro puro dos céus, assemelhando-vos cada vez mais aos cães que retornam àquilo que expeliram, e também aos suínos ávidos para voltarem às poças onde se sujaram por várias vezes, o ouro Celeste ser-vos-á tirado e Eu vos deixarei consumar em tribulações, aflições e misérias, e a morte será novamente o maior pavor na Terra.

Assim foi até à época de hoje. Quase todas as cidades e vilas onde se encontravam anotações das Minhas acções e ensinos foram destruídas e desoladas; apenas os pequenos Evangelhos de João e Mateus foram conservados como documentos genuínos da Minha passagem, como ensinos morais dos homens de boa vontade. Igualmente as Escrituras de Marcos e Lucas, à medida que este anotou o que ouviu de Paulo, em poucas palavras. Várias cartas dos apóstolos, das quais muitas se perderam, e a Revelação de João, com alguns erros linguísticos, de pouca importância para quem é guiado por Mim.

Dos demais ensinos referentes às coisas, fenómenos e à sua origem, poucos foram conservados secretamente; quando se encontrava algo da época dos romanos e dos gregos, os claustros imediatamente se apossavam, sem jamais transmitirem uma vírgula sequer à humanidade sofredora, em sua treva.

Eclipses solares e lunares, cometas e outros fenómenos naturais, pouco lucro trouxeram aos sacerdotes devido ao seu aparecimento realístico; todavia, foram aproveitados para anunciadores e transmissores de punições mandadas por Mim para os homens, a fim de que, amedrontados, corressem aos templos, que surgiam quais cogumelos, depositando ricas oferendas aos pés dos sacerdotes.

Nas catacumbas de Roma e nos mosteiros da Espanha e Itália, e também na Alemanha, ainda se encontram várias anotações de grande importância da Minha passagem; a ganância, tendência para o brilho e o domínio da prostituta de Babel não permitem a sua divulgação, por medo e preocupação de se trair e ser chamada à responsabilidade perante todo o mundo. O desdenhoso motivo sendo evidente, dispensa ser elucidado.

Quanto tempo faz que se proibia a leitura dos quatro Evangelhos, a história dos apóstolos, de Lucas, as cartas dos apóstolos e a Revelação de João, e em vários países ainda são proibidos? Como se obstinam contra a Luz do Meu raio científico, que do Levante ao Poente começou a iluminar tudo que existe na Terra – e isto há mais de trezentos anos – cuja luz brilha cada vez mais, de sorte que nesta época os recintos mais ocultos e secretos da Babel, antigamente tão grande e poderosa, ora se acham desvendados.

Perguntais com justiça por quanto tempo ela ainda exercerá o seu poder, e Eu respondo: Vede em toda a parte a Luz cada vez mais poderosa do Meu raio. Como se poderia manter o antigo misticismo babilónico, cuja fraude é esclarecida até às menores fendas, ao lado das verdades matematicamente provadas e à disposição de todos, surgidas de todos os ramos de ciência e da arte?

Exercerá o seu poder enquanto ainda viverem velhas tolas, supersticiosas e hipócritas, e beatos deixando-se ludibriar pelos sacerdotes, enquanto aqueles ainda dispuserem de meios para protegerem o trono da prostituta de Babel, o que somente perdurará por pouco tempo, pois já se tratou de tirar-lhes os recursos para tanto. Isto já aconteceu a muitos que ora, sem pátria e povo, têm observado como os seus esforços, bem como as suas obras nefastas, se estão desfazendo como fumo.

Poderia a noite terrena exercer o seu poder se o Sol se encontra acima do horizonte? Eis a situação. A Luz tornou-se por demais poderosa, e os regentes que anteriormente bajulavam as trevas em virtude do seu fausto, começam a compreender a sua importância e, caso queiram subsistir, terão que agradar à Luz anteriormente tão odiosa. Se tiverem vontade de voltar novamente à treva anterior, o povo o observará e negará obediência, levando-os a grandes embaraços e até mesmo os enxotará do trono, como já há vários exemplos. À Minha vontade não se pode opor teimosia. Isoladamente, deixo o livre arbítrio de cada um; de um modo geral, sou Eu o Senhor e não considero os poderosos desta Terra. Veio a época da Luz e não pode ser barrada por nenhum poder humano




OS FALSOS PROFETAS DA ÉPOCA ACTUAL

«É também chegado o tempo da pedra angular, rejeitada pelos construtores, mormente os de Babel. Quem nela bater será dizimado, e quem for atingido por ela será soterrado, conforme em breve ocorrerá a todos os que desprezarem a pedra angular, querendo bajular a prostituta de Babel. Como chorarão e se lastimarão; mas a pedra angular rejeitada não lhes trará socorro.

De há muito venho observando o jogo dos suínos, como na Minha época faziam os pastores de Gadara com os seus porcos. Mas havia dois possessos nos antigos sepulcros de basalto, pois Gadara era a antiga cidade dos sepulcros. A quem se assemelhavam os dois, presos por correntes e cordas dentro dos sepulcros, que à Minha chegada arrebentaram tudo e Me disseram: Que temos a ver Contigo, antes do tempo? Ambos se semelham ao espírito antigo do lucro mundano, no qual se oculta uma legião de outros, maus. (Mateus 8:28-34)

Como esses espíritos conheciam a Minha vontade rigorosa, pediram permissão para entrarem nos suínos, libertando deste modo os homens que Me louvaram, conquanto os gadarenos Me rogaram deixá-los à mercê, pois sentiam grande pavor de Mim. De igual modo, o justo espírito do mundo e o seu zelo comercial Me elogiará, porque fora liberto pelo poder da Minha Luz da legião dos seus espíritos egoísticos que se dirigiram aos suínos, todavia encontraram o seu fim dentro do mar.

Ao grupo de suínos pertencem todos os servos ultramontanos da prostituta de Babel, em virtude das suas tendências imundas, egoístas e dominadoras, que abertamente se externavam por concordatas, missões, bulas e excomungações. Eis o que ocorre desde a época de domínio da prostituta de Babel sobre povos e regentes, representando a integração de legiões de maus espíritos nos mencionados suínos que começaram a atirar-se ao mar, precisamente nesta época, razão por que é certo o seu extermínio.

O mar é a teimosia em querer permanecer na antiga ignorância, pois procuram perseguir e condenar a Luz que permito seja espargida em todos os ramos da ciência e das artes. Eis o mar no qual os suínos serão impelidos pelos espíritos, que de há muito neles se alojaram e onde encontrarão o extermínio total.

Fizeram uma cova para a Minha Luz original, a fim de ocultá-la diante dos olhos dos homens, mantendo-os na ignorância, em benefício próprio. Eu libertei a Luz, e eles se atiram na própria cova destinada a abafar e exterminar a Luz. Se isso ocorre diante de todo o mundo atendendo aos pedidos expressos, fútil é perguntar-se quando tal sucederá.

Subentende-se não se poder dar isto de um momento para o outro, tampouco a noite poderá fugir perante o pleno dia. Tudo tem o seu tempo neste mundo e nem o mais talentoso poderia tornar-se filósofo e artista de um dia para o outro, nem um fruto amadurecer subitamente. Quando as árvores na primavera se tornam suculentas e os botões começam a inchar, é prova flagrante estar próximo o verão abençoado. Algumas geadas pouco prejuízo darão.

O que por Ezequiel foi predito no capítulo catorze, com referência ao castigo de Israel e Jerusalém, tem relação ao actual falso profetismo que deve e será exterminado. No que consiste e quem são os fariseus de hoje, não precisa ser apontado para uma criatura inteligente. Todo o mundo conhece os adversários da Luz, da Verdade e do Amor, vindos por Mim.

Se Eu mesmo disse aos apóstolos que não devem condenar, amaldiçoar e julgar a quem quer que seja, para não lhes suceder o mesmo partindo de Mim, – quem lhes teria outorgado o direito de julgar, condenar e lançar o anátema sobre os que, influenciados pelo Meu Espírito, procuraram e ainda procuram a pura verdade? Por isso serão atirados à cova, por eles próprios cavada para milhões de inocentes, onde as suas más obras serão julgadas sem dó nem piedade, recebendo eles a sua paga.

Observa todos os continentes da Terra e descobrirás o quanto é odiado o falso profetismo da prostituta de Babel entre os povos mais cultos, e qual a consideração recebida pelos seus missionários nesses mesmos países. Não como os jornais ao serviço dela o descrevem. Somente entre povos rudes e selvagens poderão manter-se por algum tempo. Basta demonstrarem as suas tendências egoísticas e dominadoras, ou seja, o lobo em pele de cordeiro, e terá chegado o fim do efeito da sua missão e convém fugirem para salvar a pele.

Quantos já foram enviados para China e Japão, onde há muito ouro, prata e outras preciosidades. Enquanto não descuidavam da pele de cordeiro, eram tolerados, conseguindo muitos prosélitos para a suposta doutrina de paz celeste. Tão logo aquela indumentária se lhes tornava por demais incómoda, julgando poderem agir segundo a sua verdadeira natureza, as suas intenções eram descobertas e eles recebiam o prémio merecido.

Quando a notícia chegava a Babel, eram prontamente santificados com grande pompa, muito embora Eu mesmo houvesse ensinado que somente Deus é santo. A tais “santos” digo apenas: Não vos conheço e nunca conheci! Afastai-vos de Mim e procurai a vossa salvação e paga junto daqueles em cujo nome doutrinastes e agistes. Nunca pregastes e agistes em Meu nome. Desde a vossa infância jamais praticastes um acto de caridade ao próximo, por Mim ensinada, abusando do Meu nome apenas para o vosso lucro material, portanto não tendes que aguardar recompensa e misericórdia. Dirigi-vos aos que servistes e pedi-lhes o prémio.»


(O Grande Evangelho de João – X – 25,26)


 

DÁDIVAS DO CÉU


A razão da Nova Revelação do Senhor


«Com respeito à razão desta nova revelação, é que Eu desejo mostrar ao vosso extremamente versado conhecimento material, como é tolo o esforço de querer pesquisar estas coisas espirituais e desejar uni-las ao reino das coisas explicáveis, pois estas ficarão eternamente longe do mesmo, devido à sua profundidade, grandeza e divindade. Pois estas novas revelações só serão colocadas nos corações cheios de fé dos inocentes, para grande vergonha da ciência mundana, também é dada à criancinha no berço.

Em segundo lugar, é para mostrar-vos e a todo o mundo, os verdadeiros caminhos do Meu amor misericordioso, e para instituir a salvação eterna de todos os seres, e como, quando e por que tudo isto acontece. Também para acabar com todos os questionadores do mundo, e para que tudo seja visto na sua verdade original. Como um bom construtor sabe para que serve este ou aquele objecto ou material, só Eu posso saber o porquê de tudo; ou porque isto ou aquilo acontece, e como e quando algo foi originado.

Aquele que pesquisa e medita sem a Minha bênção, este sempre falhará. Mas aquele que vier a Mim e aprender Comigo no seu coração, este tudo tem na grandeza da verdade, da qual não se muda nem uma vírgula jamais.

Em terceiro lugar, é para que a enorme maldade das pessoas de todo tipo de classe e posição seja posta a nu com toda a clareza; como estas pessoas, pela sua maldade cega, conseguem atrair tudo o que é bom, mais puro e divino à sua pocilga e transformam tudo horrivelmente, para buscar os seus objetivos.

Para ser bem claro, tudo deve ser exposto ao mundo, para que cada um saiba qual a sua situação. Sim, o centro oculto da Terra será exposto ao mundo, como é exposto o alimento que servis às vossas mesas. E nenhum sol deverá encontrar-se afastado demais, que não possa ser observado em todas as suas partes pelo olho microscópico da fé viva e inocente e da ingenuidade, mesmo que a sua circunferência seja maior que o maior pensamento que jamais conseguireis imaginar. E não deverá haver nada tão pequeno que não possa ser visto pela luz do Meu sol misericordioso. Sim, de pequenos pontos farei planetas transparentes, e o Sol central será decomposto em pequenos pontos, para que o mundo veja que no fim Eu estou em tudo.

Se com isto o mundo chegar à conclusão de que sem Mim não se pode esperar a salvação, só então a paz renovará na Terra, cada um terá a sua posição assegurada tanto no mundo temporal como na eternidade, por puro amor por Mim. Só então o imperador será verdadeiramente um imperador, nomeado e imposto pelos Meus olhos; o rei será o rei; o príncipe, príncipe, sem nenhuma destas malditas constituições, a não ser a constituição do amor por Mim e da bênção que a todos cobre com seus fluídos. E o lobo será o enfermeiro do cordeiro.

Com isto Eu desejo aplainar tudo, para que não existam mais “quedas de água” ou “desabamentos”, mas sim somente o mar do Meu amor e os rios da Minha bênção.

Vede, tudo isto deve acontecer, para que a verdadeira igreja das pessoas seja purificada, e a sua vitória brilhe mais que a luz de todos os sóis, onde então haverá “um pastor e um rebanho”, cujas ovelhas ouvirão continuamente a Minha voz, até ao fim dos tempos. Então toda a matéria será destruída no fogo do Meu amor divino, ou no fogo da Minha ira, se deixarem apodrecer as Minhas palavras de advertência.

Vede, agora chegou “o tempo dos pequenos tempos” (em contraste com “o grande tempo dos tempos”, quando o Senhor se tornou homem). Quem o observar com atenção, a este serão dadas coisas incríveis pela eternidade. Mas aquele que se escandalizar e começar a questionar a Minha lealdade, a este o “pequeno tempo” logo acabará e a magnitude da ira eterna o capturará. Ou é sim, ou não. Se alguém quiser, que o faça. Nós, porém, sempre estaremos juntos. Amém. Isto falo Eu, o eterno Amor e Sabedoria. Amém. Amém. Amém.»



(Revelação transmitida ao profeta Jakob Lorber em 21/08/1840)


 

UM POUCO DE HISTÓRIA

AS GUERRAS ROMANO – JUDAICAS

(Parte 2)


Conforme tínhamos dito no artigo anterior e antes de continuarmos a descrever as guerras romano-judaicas, vamos tentar esclarecer as diferenças entre prefeitos e procuradores. Uma vez que não existe unanimidade entre os historiadores sobre esta matéria, tentaremos aproximarmo-nos o mais possível da verdade histórica.

Os prefeitos eram (em princípio) nomeados pelo Senado Romano e enviados para zonas mais tranquilas e de relativa paz no vasto Império Romano. Era normal terem um superior hierárquico e respondiam perante o Senado.

Quanto aos procuradores, eram em geral nomeados directamente pelo Imperador e enviados para as zonas mais turbulentas e belicosas do Império. Respondiam directamente ao imperador pelo que eles governavam essas províncias com mão de ferro. Caso não fossem capazes de dominar as revoltas, eram chamados a Roma e na maior parte das vezes o imperador não era misericordioso.

Dado que a Judeia vivia em constante clima de sublevações, um dos procuradores designados para este território foi o nosso conhecido Pôncio Pilatos. Embora Flávio Josefo diga que Pilatos ocupava o cargo de prefeito, outros historiadores o denominam como procurador.

A Bíblia chama-o de presidente/governador.

Independentemente do cargo que exercia, Pilatos tinha um anel de ouro que lhe tinha sido oferecido por Tibério como um presente para honrá-lo, anel esse que era chamado de “Amicus Ceasaris”, ou seja, “amigo de César”.

Não creio que um imperador desse esse tipo de anel e honra a um prefeito, mas sim a um procurador/governador. Alguém nomeado pelo próprio.

Mais tarde, os judeus insinuariam que Pilatos não era “amigo de César” caso este não pretendesse condenar Jesus. Conhecemos qual foi a sua atitude.

Algum tempo depois da morte de Jesus, Pilatos cai em desgraça e regressa a Roma. Calígula não lhe perdoa o que fez na Judeia e Pilatos comete suicídio. Há outra corrente histórica que diz que Pilatos foi bafejado pela sorte de não ser executado e desterrado para uma zona remota de França.

Mas, versões à parte, vamos ver o que aconteceu alguns anos depois da crucificação de Jesus.

Assim, teremos três guerras judaico-romanas. É o termo genérico que designa a série de revoltas movidas pelos judeus contra o domínio romano.

No ano de 66 d.C. inicia-se uma “Grande Revolta Judaica” cujo clímax é atingido no ano de 70 d.C.

Tito, general romano, mais tarde imperador, sufoca esta insurreição com uma crueldade extrema, matando praticamente toda a população de Jerusalém. Estima-se que o número de mortos rondaria um milhão. A cidade foi destruída, incluindo o Templo, restando apenas o chamado Muro das Lamentações, tal como o conhecemos hoje.

Apesar desta carnificina (ainda hoje se diz que o sangue era tanto que chegava ao focinho dos cavalos; um exagero, apesar de o sangue ser muito), não foi neste ano que a revolta terminou. Só no ano de 73 d.C. é que a revolta finalmente acabou com a tomada da fortaleza de Massada. Os revoltosos que estavam em Massada foram todos mortos (exceptuando-se alguns que se suicidaram) por Vespasiano, pai de Tito, e também futuro imperador.

Entre os anos de 115 e 117 d.C., quando Trajano era imperador de Roma, eclodiu mais uma revolta na Judeia. Foi chamada a “Guerra dos Kitos”. Esta revolta existiu nas comunidades judaicas da chamada Diáspora (composta por judeus que viviam fora da Judeia). As principais comunidades viviam em Cirene (actual Líbia), Chipre, Mesopotâmia e Egipto. À frente das tropas romanas estava um general chamado Lúsio Quieto.

Esta guerra foi descartada por alguns historiadores que não a consideram como uma guerra de facto.

Mais tarde, entre os anos de 132 a 135 d.C., ocorreu a terceira guerra ou sublevação dos judeus contra o império. Governava Roma o imperador Adriano.

Chamou-se a esta revolta a “Revolta de Barcoquebas”, dado que foi liderada por um indivíduo chamado Simão Barcoquebas. Alguns judeus consideravam ser este homem o Messias davídico, esperado ansiosamente por aqueles.

Uma vez mais os judeus foram subjugados e dizimados pelas tropas do comandante romano Sexto Júlio Severo.

Se descartamos a segunda revolta esta seria então a segunda guerra entre os romanos e os judeus.

Todavia, estas revoltas não se ficaram por aqui. Em 351 e 352 d.C. houve uma rebelião dos judeus na Síria Palestina, contra Constâncio Galo. Esta rebelião foi sufocada pelo comandante romano Ursino.

No século V houve as Revoltas Samaritanas contra o império Bizantino.

No século VI, os judeus de novo se revoltaram contra o mesmo império.

Dado tratarem-se de revoltas locais, os historiadores não as consideram como guerras, mas apenas de levantamentos pontuais.

Desde sempre que os judeus se consideravam um povo livre e escolhido por Deus. Não aceitavam com facilidade o jugo estrangeiro. Quando podiam, revoltavam-se. Mas com os romanos as derrotas eram inevitáveis uma vez que os seus exércitos eram muitíssimo bem organizados e uma autêntica máquina de guerra.

Mas, como tudo na vida, um dia, outro mais forte derruba o que outrora fora o dominador. Alguns séculos mais tarde, o império foi atacado e vencido pelos bárbaros.

Corria o ano de 410 quando Roma foi tomada e saqueada pelos visigodos. Algumas décadas depois, foram os germânicos.

No seculo V iniciou-se a agonia do império romano até ao seu completo desmembramento.

A título de curiosidade - Quando os judeus se revoltaram contra o império romano em 132 d.C., a Judeia esteve para ter outro nome. Possivelmente cansado de tantas revoltas, o imperador romano da altura, Adriano, decidiu rebaptizar a Judeia de Palestina e Jerusalém de Élia Capitolina.

Mas por motivos que desconhecemos (por agora), essa ideia não foi para a frente e tudo ficou na mesma.

No futuro, poderemos esclarecer por que motivo Israel começou a chamar-se de “Terra Santa”.


Irmão Tomaz Correia

Bibliografia:

“A Guerra dos Judeus” de Flávio Josefo


 

DE QUE SERVE?


De que nos serve tantas coisas que temos, se não as sabemos apreciar?

De que nos serve a vida, se não sabemos como viver na abundância de alma e paz de espírito?

De que serve contar o tempo, se não existe mais do que o Eterno presente?

A vida é fugaz e desperdiçada com pequenas coisas que nos serviram de pouco, ou nada, num tempo qualquer.

Esvaímos os dias com coisas banais em vez de sondar a alma, aperfeiçoar a arte e os dons que existem dentro do nosso ser.

A sociedade define metas no campo material sem abordar a nossa espiritualidade.

Fomos formatados pelos outros para ficarmos bem de vida, ganharmos um bom salário, aspirando sempre atingir o topo da carreira. Mas há algum emprego que nos ofereça a possibilidade de alcançarmos a transcendência espiritual?

Para a conseguir, a primeira coisa que as pessoas têm de fazer é abandonar a sua existência de comodidade adquirida. Os impedimentos são o medo de abandonar o seu caminho, e o seu sonho formatado.

Temos uma civilização que se considera avançada, mas que continua a viver da forma mais primitiva e decadente que se possa imaginar.

O fosso entre a riqueza inaudita e a pobreza desmedida é abismal.

As pessoas vivem uma fantasia e não a realidade de seres espirituais que somos, dedicando a sua existência a tudo aquilo que não são, mas acreditam que são. Há muitos valores desvalorizados.

E antes de desejarmos mudar o mundo, cada um de nós tem de se conhecer a si mesmo, tal como dizia Sócrates, atentando para a sua voz interior.

Um salário alto e uma carreira de sucesso são excelentes, mas não essenciais para o progresso da nossa alma.

Primeiro que tudo, temos de “desprogramar” a nossa mente, pois aquilo que nos disseram que era importante na vida terrena, não o é. E assim sendo, teremos de nos auto-transformar se desejamos despertar ou avivar a presença do Pai em nós.

Não é um processo fácil. É necessário possuir um espírito guerreiro para combater as muitas fraquezas e tentações que iremos enfrentar ao longo da jornada.

De que nos serve essa decisão?

De muito. Uma vez despertos, não mais seremos os mesmos.

É algo de invisível que nos toca para sempre.

Podemos responder a esse chamamento da forma que bem entendermos. Aceitando-o ou ignorando-o, continuando a viver uma vida que no final não terá serventia alguma.

O esplendor da Criação e do cosmos, o vislumbre da espiritualidade, a ânsia de ser melhor, o aperfeiçoamento da nossa alma, deveriam merecer a nossa melhor atenção.

A vida é tão fugaz ... Quantos não chegaram nem chegarão ao final deste ano, embora o tivessem por garantido!

Este foi um ano duro para toda a humanidade.

Pela graça do Altíssimo, até aqui o Senhor nos susteve.

Medo, pânico, terror e morte foram, e são, uma realidade para muitos.

Muitos de nós, pela graça de Deus, tudo enfrentaram com a serenidade firmada na Fé e nas promessas de Jesus.

O que nos irá suceder amanhã? Como o amanhã não nos pertence, vamos aprender a viver um dia de cada vez, descansando no Senhor!

O que é verdadeiramente nosso?

E o que pode um filho ignorante dizer ao seu Pai que o criou, que tudo sabe e conhece-nos desde eternidades? Apenas pedir misericórdia para com a sua ignorância, pois se fosse mais sábio, iria agir e comportar-se de forma diferente; com mais amor.

De que nos serve a futilidade e apego se partimos como chegámos, ou seja, sem nada?

Este ano que em breve irá terminar foi um ano de aprendizagem para os seres humanos. O distanciamento social despertou em nós valores e apreços que não reconhecíamos anteriormente. Fez-nos realizar quão importantes são os afectos na nossa vida, e como passámos a dar-lhes o valor que merecem. Os gestos de carinho, a solidariedade e o afago de compaixão tornaram-se de suma importância para todos nós.

Sobrevivemos mais fortalecidos, diria até que mais humanizados, embora com as devidas reservas, já que o homem tem uma tendência natural para o esquecimento e retorno aos velhos hábitos nele enraizados.

Mas o espírito Natalício que sentirá e deverá acompanhar todo aquele que ama a Deus acima de todas as coisas e tenta amar o próximo como a si mesmo, é uma realidade.

Será um Natal diferente. Mas como vamos ter de nos habituar que este “diferente” irá fazer parte do nosso quotidiano, aprendamos a disfrutá-lo, gratos por o podermos fazer com saúde e em família (para aqueles que a possuem).

Posto isto, e como aprendemos que nos serviu de muito pouco tanta coisa que hoje consideramos de somenos importância, aprendamos a viver na simplicidade, agradecendo sempre e sem cessar, aquilo que o Pai nos oferece. Pedindo-lhe que tenha misericórdia de nós, pois sem Ele nada somos e nada podemos fazer. Essa é a grande e insofismável Verdade! Não há outra.

Ter Fé é uma bênção sem par. Ela nos dá tranquilidade, paz e serenidade perante os momentos mais difíceis.

Tenhamos pois, compaixão daqueles que ainda não a conhecem, vivendo afastados da Luz, sendo testemunhas vivas dessa Fé que nos move a fim de podermos tocar os seus corações.

O Bispo van Thuan, perseguido e preso por defender a sua fé, disse: “Temos de agarrar as oportunidades que se apresentam em cada dia para realizar acções ordinárias de modo extraordinário.”

E legou-nos esta bela oração:

“Jesus, eu não vou esperar nada; vou viver o momento presente, enchendo-o de amor.”

Que a nossa vivência diária crie naqueles que nos rodeiam a ânsia de desejar e vir a sentir verdadeira Fé em Deus, Criador do universo; a Inteligência Suprema que conduz o cosmos com Mestria e Amor incomensuráveis.

E desta forma, novos Natais surgirão nos corações dos Homens. A Luz Divina passará a brilhar com mais intensidade na Terra. O Amor do Altíssimo transbordará em rios de abundância na Humanidade, conduzindo-a à Sua Santa Paz.

Que o espírito do Natal perene seja como um perfume suave em nossas vidas.

Que cânticos de louvar e gratidão brotem nos nossos corações. Nasceu o Salvador!

Ele nasce todos os dias, manifestando-se naqueles que O descobrem, e no coração daqueles que O amam e adoram em Espírito e em Verdade!

Um Santo e Eterno Natal para todos nós!

Irmã Manuela



 


LUGAR À POESIA

Ela engoma há uns tempos para fora,

Com afinco, com um ritmo nunca lento.

Fez outras coisas que bem mais adora,

Mas hoje é o que tem como sustento.


Dá mais que tudo, a exaustão ignora,

Ao labutar não para um só momento.

Árdua vida de quem em vão implora

Por algum gáudio, algum contentamento.


Tem feridas num braço, as mãos crispadas,

Tem há muito um problema nos pulmões,

Vive sempre a tossir e combalida.


Mostram aquelas faces tão mirradas

Que passa sem dormir muitos serões.

Pobre mulher! Merece tal vida?



David Vidal – 2014

(In memoriam)

 

Leia A Bíblia O Grande Evangelho de João

“A Luz Completa” “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há-de vir.” (Evangelho de João 16:13) “Eis a razão, porque agora transmito a Luz Completa, para que ninguém venha a desculpar-se numa argumentação errónea de que Eu, desde a minha presença física nesta terra, não Me tivesse preocupado com a pureza integral de Minha doutrina e de seus aceitadores. Quando voltar novamente, farei uma grande selecção e não aceitarei quem vier escusar-se. Pois todos os que procurarem com seriedade acharão a verdade.” (O Grande Evangelho de João – volume I –)



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